15 novembro 2005

Zé Kéti

Em 14 de novembro de 2005 completam 6 anos da partida de Zé Keti. Um dos grandes da cultura popular brasileira.

"Acender as velas já é profissão, quando não tem samba tem desilusão".

Nos tempos de "micaretagens da cultura de massa, é preciso que valorizemos o patrimônio da nossa cultura. São milhares os anônimos que se encontram nos botequins e terreiros de samba promovendo e perpetuando o que há de melhor da tradição popular.

"Salve o samba, queremos samba, quem está pedindo é a voz do povo de um país".

O cronista da vida do humilde, do favelado, do malandro, e das dificuldades que a República excludente,uma como sinônimo da outra, produziu e produz durante a nossa História.

"400 anos de favela, sem água, com mágoa...barracão de zinco perfurado".

A ausência de intervenção do Estado nas comunidades humildes, produz um verdadeiro exército de meninos e meninas para o tráfico de drogas,condenados a ter esperanças de integração à sociedade através do tráfico, referência de poder nas favelas, abandonadas pelos coronéis da República e pela omissão histórica da classe média ansiosa pela ascenção social permitida a cada vez menos pessoas. Em tempos de alta rotatividade das lideranças do tráfico, lembro de "Malvadeza durão,valente, mas muito considerado" ou de "Nega Dina":

"...a minha vida não é mole não, eu entro em cana toda hora...já ando assustado...sou um marginal brasileiro."

O sistema capitalista marginaliza bilhões de descendentes africanos, dos subúrbios da França,passando pelos guetos dos Eua, das favelas cariocas, nos cantos da Baixada Fluminense."Peço licença" para em nome de todos os excluídos do planeta, para exigir uma nova ABOLIÇÃO. Uma abolição que liberte da opressão-sofisticada-globalizada, a "exploração do homem pelo homem", causadora da exclusão de metade da população do mundo dos bens básicos à vida. O samba bastardo anuncia o tempo sem exploração, invadindo as novas "Casas Grandes" que cismam em deixar os povos dos "gramachos" de fora da festa do consumo. Salve o compositor popular, herdeiro dos, caxambu, jongo, coco de raiz, lundu-canção, modinha,calundus e calhandos.VIVA ZÉ KETI.

06 novembro 2005

O Império da Morte


O cartunista Mike Luckovich publicou uma charge sobre os 2.000 soldados norte-americanos que morreram no Iraque, devido às ações da resistência contra a ocupação do país. Mike, do Atlanta-Journal Constitution escreveu o nome dos 2.000 soldados, para compôr a palavra `Why?` e perguntar porque eles morreram. A pergunta é a mesma que a opinião pública norte-americana passou a se fazer durante a guerra do Vietnã e indica as semelhanças das duas intervenções militares do imperialismo. O século XX é profundamente marcado pelas intervenções militares dos EUA para garantia e sustentação do seu império.A intervenção militar só não é necessária quando não há resistência às políticas econômicas impostas, como no caso da América do sul,já que na América Central prevaleceu o Big Stick, a política do grande porrete que permitiu o controle sobre vários povos. A Doutrina Monroe("a América para os americanos"-do norte) foi implementada no século XIX, quando eles iniciam seu projeto de dominação sobre as Américas.Hoje a ALCA seria mas um capítulo do Imperialismo estadunidense que garantiria formalmente o abastecimento do capitalismo deles, submetendo os mercados latino-americanos às suas necessidades. Cresce no mundo e nas Américas a resistência ao "Império do mau" e suas tentativas de colonização, embora eles tenham a colaboração do governo Lula, e Chaves(Venezuela) , apesar da retórica belicista, continuar a ser o grande abastecedor de petróleo dos Eua, crescem as mobilizações e o sentimento anti-EUA, extamente por que, suas receitas políticas-econômicas para as Américas têm provocado o aumento da pobreza e da miséria com a colaboração dos governos burgueses-oligárquicos dos nossos países.Já há incusive, propostas do México de se incluir ao mercosul, já que o NAFTA(mercado comum da América do Norte) tem resultado na desgraça deste país. O mundo diz não as ações de Bush que nada mais faz do que dar continuidade à política iniciada no início da década de 90 com seu pai e o próprio povo de seu país dá claras mostras de indignação com as mortes da sua juventude. Assim como o grande Império romano caiu, não tenhamos dúvidas da queda do Império econômico dos EUA.

02 novembro 2005

Há de chegar o dia

Esta foi enviada pela Priscila Alves:

" Haverá um dia em que todos voltaremos a ser felizes.Será o dia em que Rosinhas serão apenas flores, Garotinhos apenas crianças, Genuínos serão coisas verdadeiras, Serra será apenas um acidente geográfico ou uma ferramenta, Genro apenas o marido da filha, Lula apenas um molusco marinho e Severino "apenas" o [querido] porteiro do prédio". Lembraria também de César como aquele que governou Roma ,e Maia, um descendente do povo que foi aniquilado por gente como o prefeito.

Eu ainda acrescentaria mais uns 5oo nomes, mas basta estes para não atrair mal agouro.

Esta me foi enviada pelo professor Emerson Fortes com relação ao texto "A bancada da bala agradece":

Caro colega Wallace, é surpreendente como são poucas as pessoas que percebem essa falta de compromisso com as origens ideológicas do partido, ou eles perderam as forças diante de tantas dificuldades políticas e tentam de alguma forma se alimentar das migalhas deixadas pelos ´´grandes`` partidos, ou vão junto com a multidão para não assumirem as responsabilidades de suas escolhas. Seja lá qual for, é lamentável e uma traição com quem acreditou.