12 fevereiro 2006

Holocausto no Brasil.

A imprensa vem divulgando o que ocorre há décadas de silêncio às necessidades da maioria da população brasileira: o caos na saúde. O drama dos marginalizados do direito de continuar a viver é divulgado somente agora, pois percebe-se que há um aumento da demanda dos hospitais públicos por parcela significativa da classe média, afogada pelos altos preços dos planos de saúde e pela perda do poder aquisitivo nos últimos dez anos. Estas empresas financiam descaradamente campanhas eleitorais, como legalmente é provado, o "incentivo democrático" às camapanhas do PSDB de FHC e Serra.
Os planos e seguradoras de saúde deveriam devolver ao Estado as cifras vultuosas gastas pelos atendimentos emergenciais que são feitas pela rede pública de saúde , planos de rede privada que embolsam fortunas e não mantêm uma rede conveniada apropriada em número e qualidade para prestar os primeiros socorros.
As seguradoras, que são controladas por banqueiros, existem enquanto atravessadoras pois não possuem um único hospital próprio e pagam aos médicos conveniados cerca de um terço da tabela que define o valor do trabalho do profissional de saúde.
Os banqueiros que controlam setores estratégicos da atividade indústrial, latifundiários e o mercado financeiro, sugam como vampiros o sangue dos trabalhadores brasileiros.Tudo isso com a concordância dos sucessivos governos de todas as esféras,pois a política econômica neoliberal exige menores investimentos sociais, graças ,aos superávits primários e lei de responsabilidade fiscal, para o pagamento dos juros da dívida externa, a corrupção e as obras de fachada que se transformam em favores eleitorais por parte das empreiteiras.Ou seja, os governos constituídos alegam falta de recursos para investimentos sociais porque o Estado liberal é financiador do setor privado,seja na saúde ou na educação como faz o governo Lula com o PROUNI.
O prefeito, a governadora e o presidente da república praticam crime de responsabilidade e ignoram o estado de calamidade pública, se acusam entre eles pela (falta de) responsabilidade e se omitem diante do caos instalado.
O Ministério Público deve se pronunciar, e demonstrar que não é co-responsável pelo crime praticado pelos governantes , da cidade e do estado do Rio de Janeiro e pelo governo federal.
O mais importante, sem o qual nada mudará, é a mobilização dos movimentos sociais de todos os setores, levando a população às ruas exigindo a renúncia destes governantes, a produção de leis convenientes a maioria do povo, pois estes governantes são criminosos que matam por atacado, condenando à morte milhões de brasileiros.