09 março 2020

Epicuro, que causou boa impressão à Marx,pelo seu projeto de autonomia desalienante ensina que em tempos de obscuridade é possível o desvio. A vida em Epicuro é projeto de liberdade e expectativa ,possibilidade de mudança,porque,ela, a vida, não está dada, ela é projeto autônomo que impede as crendices e põe o ser humano ao alcance da transformação.

02 março 2020

Além de radical político(nunca sectário)também pratico religiosidade. Mas entre os tais prevalece a cegueira política. O dogma conforta as dores,mas não as elimina. A insegurança dos "tempos líquidos" alimenta preconceitos. No desespero dos mares revoltos,as massas doloridas se agarram em antigas e enferrujadas âncoras como se o passado e seus resultados ruins fossem mais seguros,suas éticas deterioradas soam como ancoradouros que esvaziariam riscos e frustrações. Os Homens fazem suas próprias histórias,e é verdade que não a fazem como querem,dizia o velho e atual Marx,nada mais referencial contra uma cultura capitalista frágil e efêmera que prevalece hoje. O indivíduo não existe,somos o resultado do esforço criativo do coletivo,e também não existe a liberdade e a "minha opinião", isso nada mais é do que a interação histórica,assim nos tornamos seres humanos. A ilusão da existência do indivíduo autônomo é uma das mais fortes ideologias, capazes de freiar a ruptura com o modelo de sociedade carcomida e mesquinha. Nenhuma palavra é tão atual quanto "Revolução", ato histórico coletivo e transformador que desfaz as amarras e correntes do individualismo que aparta,separa e produz sofrimento humano. O "não soltar a mão do outro" é uma das insígnas mais importantes para o este momento,significa que reconheço no outro a diferença que falta em mim,e aí vamos nos fazendo diariamente,produzimos rupturas,avançando e descartando em movimento permanente de acertos e erros,dialeticamente purgando-nos de correntes que nos fazem cordeiros da lógica do capital que quantifica e sacraliza prazeres temporários e nos afunda no consumismo afastando o espírito de solidariedade.
Quando um exército decide tomar parte no processo político, deixa de ser nacional para ser de uma facção." José Sócrates.

Aliás,a História do exército brasileiro é de condução da "Modernização conservadora",ao promover interesses do capital,desde sua fundação.

 Está na formação da própria instituição o papel de direção política. Nada há de neutro a quem deseja a conservação da ordem política injusta e desigual.