18 maio 2012

Alteridade.


                                            Foto de Sumitt Kannogeaa  


Alteridade !Na medida que reconheço a importância do outro,eu me reconheço e me diferencio no outro, e passo a entender a importância de lutar para que ele possua a Autonomia.A emancipação "dele" é a minha emancipação.

Os invisíveis, deserdados da terra  pelo Capital precisam ser vistos,além dos véus que encobrem a realidade,além da neblina que encurta o olhar da minha existência ao ponto de me enxergar somente como mero consumidor.

A solidariedade é necessária,mas a alteridade emancipa a humanidade,pois desbanaliza o corriqueiro e descredencia a alienação.

Ao Afirmar a individualidade contra o individualismo,ao afirmar as lutas coletivas contra as injustiças,estarei afirmando também o meu direito de existir plenamente,integralmente.Alteridade meus amigos,para desautorizar os desmandos de quem nos desgoverna,para promover os que estão às margens,por um mundo plural,onde diferença não signifique desigualdade.

09 maio 2012

A ordem da barbárie.



O neoliberalismo inventou a Democracia sem Estado, onde as responsabilidades deste são unicamente a de promover programas de integração ao mercado ou financiar os poderosos em suas quedas de lucros, que eles alardeiam dizendo viver  em crise para que o Estado,o dinheiro público, salve o Capital. Será a morte da Cidadania? Ou a submissão deste valor ao monstro-mercado ? Hoje ser cidadão ,passa por tão somente se tornar consumidor,reclamante veemente de seus direitos,enquanto consumidor.

Os direitos que cada um de nós gozamos nos dias de hoje não foram conseguidos em processos eleitorais viciados, mas com a organização e luta de muitos que deram a vida para que as gerações de hoje pudessem, de posse de direitos políticos,conquistar mais direitos sociais. Mas estamos perdendo-os, direitos sociais, trabalhistas,estamos perdendo a luta pela preservação do meio ambiente,etc.Estamos perdendo.E  em troca nos "permitem" a conquista de direitos específicos,de gênero ou de raça,de ações afirmativas,todos muito importantes,mas fomentando um véu que encobre as verdadeiras raízes das mazelas sociais seculares que este sistema nos oferece em espetáculo.A fome é uma realidade para metade da população mundial(dados da própria ONU).

Os processos de reestruturação produtiva dizimam postos de trabalho e rebaixam salários. A globalização econômica não é para nós trabalhadores,nem para os filhos destes,nem para 3bilhões de pessoas que estão alheios à festa dos recordes de PIB sem distribuição de renda.

No Brasil a cidadania resiste,em movimentos sociais que existem,apesar do controle e cooptação do Estado,apesar do encobrimento das ações por parte da mídia,sócia majoritária do sistema.

Alguns,massacrados pela grande jornada de trabalho,e pela tonteira da ausência de instituições políticas que catalisem seus engasgos,suas reivindicações,ainda denunciam pela redes sociais o sistema que como dizia o mestre Paulo Freire,"produzem a fartura na miséria" e concentram em suas mãos as riquezas produzidas pela maioria.

As redes sociais se configuram como espaço privilegiado,odiado pelos poderosos que tentam regulá-la,mas lhes carecem um programa que substitua o que prevalece,lhes faltam lideranças que lhes conduzam à emancipação desta ordem,falta a instituição partido que no passado conduzia os desejos populares.

Esta ordem social não prevê futuro à humanidade,não promete futuro à existência do planeta.Não,não nesta ordem,não é este o caminho.

Como diziam os antigos lutadores,ou superamos o Capital,ou sucumbiremos à barbárie.

05 maio 2012

Milícias e poder institucional.

As milícias do RJ não tiveram abaladas suas sustentações econômicas.Ficaram livres do projeto de cidade do governo das UPPs,que não significaram a pacificação para grande maioria dos humildes e deserdados do sistema.

A Região metropolitana do RJ sofre com aqueles que ocupavam as favelas cariocas vendedo drogas,e agora tem dividido seu espaço urbano entre tráfico e milícias,aliados do governo em suas ações de repressão que não se configuram em política de segurança.

O alerta que deve ser feito é que estes grupos paramilitares possuem um projeto de poder institucional e virão com toda força econômica nas próximas eleições financiando candidaturas à vereadores e prefeitos.

A resposta à política de ocupação dos espaços de poder institucionais por parte destes grupos deverá ser dada pela sociedade carioca.

Meios de comunicação de massa difundiram a falsa sensação de segurança, e os fatos,que não podem ser negados, demonstram a farsa midiática que se construiu em torno da segurança pública do Rio de Janeiro. 

Os números, e a própria imprensa demonstra que, investimentos em saúde e educação públicas não foram feitos, e todos sabemos que não há política de segurança que se sustente além dos processos eleitorais,que não priorize soluções efetivas nas áreas sociais.

Com a palavra,a população do Rio de janeiro.