05 outubro 2011

Não me diga que não faremos o dia que está sendo construído!



Não me diga que não faremos o dia que está sendo construído.

E chegaremos então ao tempo em que lamentaremos termos feito parte do tempo onde o silêncio do falso consenso predomina.

Suas armas contêm silenciadores poderosos, no entanto há de chegar o dia em que o simulacro da existência que você criou, desabará como um frágil castelo de cartas marcadas. Marcadas pela dor dos que não participam da tua abundância, do calor que abriga poucos e da saciedade que nunca vem.

Nunca diga que irá me silenciar, pois arcarei a vida de rebeldes trombetas permanentes da denúncia da farsa que você é. A vigília permanente que faço do teu caráter é alimentada permanentemente pela dor que forjas todos os dias na humanidade.

Que o meu cansaço seja amenizado pelo manto de esperança que aquele da cruz semeou. E não me diga que não faremos o dia que está sendo construído, por que eu então andarei sobre tuas palavras em minhas solas, espremendo-as até impingir a tua retirada deste cenário de autômatos e então, ter o desvelo com quem sofreu com tuas mandíbulas malcheirosas de tártaro-financeiro.

Não me diga que não faremos o dia que está sendo construído.