05 outubro 2011

Não me diga que não faremos o dia que está sendo construído!



Não me diga que não faremos o dia que está sendo construído.

E chegaremos então ao tempo em que lamentaremos termos feito parte do tempo onde o silêncio do falso consenso predomina.

Suas armas contêm silenciadores poderosos, no entanto há de chegar o dia em que o simulacro da existência que você criou, desabará como um frágil castelo de cartas marcadas. Marcadas pela dor dos que não participam da tua abundância, do calor que abriga poucos e da saciedade que nunca vem.

Nunca diga que irá me silenciar, pois arcarei a vida de rebeldes trombetas permanentes da denúncia da farsa que você é. A vigília permanente que faço do teu caráter é alimentada permanentemente pela dor que forjas todos os dias na humanidade.

Que o meu cansaço seja amenizado pelo manto de esperança que aquele da cruz semeou. E não me diga que não faremos o dia que está sendo construído, por que eu então andarei sobre tuas palavras em minhas solas, espremendo-as até impingir a tua retirada deste cenário de autômatos e então, ter o desvelo com quem sofreu com tuas mandíbulas malcheirosas de tártaro-financeiro.

Não me diga que não faremos o dia que está sendo construído.

6 comentários:

Mara Ruiz disse...

Que Lindo "bichinho" !

Hugo Gomes disse...

Muito bom, mestre!

Anônimo disse...

Grande Mestre,que beleza!
Espero este dia também.
Márcia Souza

Anônimo disse...

Bravo!Bravo!Belíssimo blog!

Anônimo disse...

Poesia em prosa camarada!Muito bom.

Anônimo disse...

Lindo, professor. Por isso que muitos de nós dissemos que queríamos viver em "outros tempos"... É muito mais fácil querer fugir ou se cegar diante da realidade. Difícil é transformá-la, agir nela para alcançar uma utopia comum.