24 fevereiro 2013

Na escola do Oscar,a sala de aula de Chico.







 A sala de aula era o sonho da família.Primeiro a mãe,filha de operário,entrou para o curso normal.Depois os filhos.Havia o orgulho ,ou o status de reconhecimento por proferir aquilo que estava posto como o fruto do esforço da humanidade.Cresci  cheio de vontade de ser eu também alguém que possuísse as “verdades” da humanidade.

Não gostava de ir às aulas, mas aquele ambiente da escola me fascinava. O respeito que tinha por aquelas pessoas que detinham toda aquela sabedoria era muito, parecia a música do Chico.
Cresci cheio de ansiedade e impaciência, pois na minha cabeça, a sala de aula era igual à música do Chico.
Fui fazer direito. E nas aulas que me esforçava para gostar, ficava pensando que gostaria muito mais de estar no lugar do mestre.

Internei-me nos códigos, que não me faziam sentido. Pareciam algo artificial e sem importância perto da sabedoria de meus Mestres, sabedoria que parecia música do Chico.

Senti-me traído com sua burocracia, odiei, me revoltei. Insultei o que me pôs neste caminho.Lembrei de quem dizia que com o curso de magistrado poderia ter uma vida mais confortável,sem as agruras do cotidiano do educador.

Na minha cabeça a sala de aula era música do Chico. Só volto à faculdade quando as aulas falarem do conhecimento acumulado pela humanidade!

As provas de tributário, Penal e Civil não me alegravam como as de Antropologia,Ciência Política e Sociologia. Estas me lembravam música do Chico.

Depois, larguei. Fui fazer Sociologia para dar aulas.Na minha cabeça dar aulas perfeitas seriam como Pedro Pedreiro,Construção,Deus Lhe Pague,Cotidiano...Na minha cabeça ,dar aulas era música do Chico.

Ainda hoje ,depois de quase duas décadas de trabalho em sala de aula,cada uma delas me soa como  música do Chico.Em todos os lugares,em todas as salas,na escola do Oscar,em todas,a aula tem que ser música de Chico.

02 fevereiro 2013

"Socialistas-malabaristas":justificadores da ordem pela arte da retórica.




                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       
“A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. E justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em criar algo que jamais existiu, precisamente nesses períodos de crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente em seu auxilio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim de se apresentar  nessa linguagem emprestada.” K.Marx

O que representam as eleições do jogo democrático para os socialistas?É um velho debate,que por sua importância,prevalece no campo da esquerda socialista.Em toda a história do século xx este debate se deu nas hostes de partidos socialistas e comunistas.Estes debate sangra as organizações historicamente,provocando cisões,expurgos e invariavelmente,criando crises nos movimentos sociais.Por ser uma discussão conjuntural ,entendendo que depende do momento social,político e econômico,a correlação de forças,e fundamentalmente,levando em consideração os princípios e as análises dos momentos históricos passados.Esses processos assumiram tal dramaticidade no seio da esquerda socialista,muitas das vezes por expressar a opção confortável de setores que acreditam poder se chegar ao socialismo privilegiando a democracia liberal e suas regras.

É bom que se lembre,mais do que nunca,que a superestrutura cultural da burguesia,expressa em seus meios de comunicação,assumem o papel principal de controle social e político,através da produção da falsa consciência,provocando intenso refluxo na difusão de ideias nas forças socialistas e revolucionárias.A ideologia dominante assume seu papel preponderante na manutenção da ordem do Capital.Encantados com a saída reformista/parlamentar,setores da esquerda se satisfazem com o recuo de seu programa ,ao abrir mão de reivindicações históricas em troca de alianças com setores progressistas burgueses e a aceitação das classes médias(conservadoras e sem caráter  sem caráter cultural  e sem consciência de classes)fatigada por lutar para manter suas conquistas materiais.

É óbvio que os processos eleitorais não devem ser desprezados pelos socialistas,nem a importância de suas bancadas em se transformarem em trincheiras de lutas dos movimentos sociais e marginalizados.Mas daí  a se transformarem em ponta de lança das atuações das ações da esquerda,é onde se desenvolve o problema.Abrir mão do programa socialista em uma eleição,é abrir mão do papel pedagógico que o espaço eleitoral permite,papel este,fundamental para  a construção de um projeto de poder que vá além das apropriações de espaços de governo e legislatórios,que visam reformar por dentro estruturas políticas esgotadas.É a esquerda socialista cumprindo o papel de salvação do esgotado sistema liberal burguês,que ainda sobrevive graças às máquinas ideológicas de reprodução e manutenção da ordem democrárico-burguesa.

As argumentações para a defesa deste canal institucionalista(que já recebeu alcunhas como,socialismo jurídico,reformismo...)são manobras retóricas muitas vezes convincentes,levando em consideração a maior complexidade do momento global atual do sistema,mas não nos tem mostrado historicamente avanços na conquista do socialismo.O jogo democrático possui regras que não permitem avanços grandiosos em direção à derrocada do sistema,a não ser que ao mesmo tempo,a esquerda no poder signifique avanços sociais e principalmente, a organização popular para a sustentação hegemônica das lutas que se dão em todos os espaços políticos e culturais,permitindo a cogerência dos processos de lutas pelas organizações populares,algo bastante parecido com que acontece na Venezuela neste momento.

No passado,as “Frentes Populares”,que compunham partidos progressistas liberais e socialistas institucionalistas foram sempre uma alternativa importante para a participação no processo eleitoral de socialistas e revolucionários.E as “Frentes de Esquerda” sempre foram bons remédios para as disputas fracionistas,que desmantelam os movimentos.

Hoje,com o refluxo das organizações socialistas e de movimentos sociais(que não se pode confundir com a efemeridade dos” movimentos societais” ou processos de revoluções políticas sem transformações sociais que atinjam a desconstrução do Capital),com os ataques cada vez mais veementes da burguesia internacional aos direitos conquistados pelos trabalhadores do mundo inteiro,graças às diminuições nas escalas das taxas de lucros,e mesmo a falência do modelo econômico insustentável ecologicamente e falido economicamente - só mantido,como já citado anteriormente pela capacidade de manipulação ideológica dos  meios de comunicação de massa e o barateamento dos produtos,visto haver uma superexploração do capital sobre o trabalho,baixando o valor de mercadorias,inserindo parcelas significativas ao consumo( não confundir com o falso entendimento sobre a ascensão de novas classes sociais,que não se sustentarão diante de uma crise de caráter mundial e pelo fato de não possuírem,estes novos consumidores, base educacional)- vemos estes setores ,os chamados reformistas,se reencantarem com as liberdades políticas que não alcançam a igualdade econômica.Fragmentando o programa socialista em troca dos avanços hegemônicos conquistados no varejo da política democrática.

É importante que se diga e repita, que os processos eleitorais e as lutas intestinas que se dão dentro das instituições burguesas não podem ser abandonados.A liberdade democrática é o espaço de disputa do programa da esquerda socialista,não só no âmbito político,tanto quanto nas disputas culturais que se dão nos micro-processos políticos,nos clubes ,ruas,escolas,igrejas,famílias e etc. São mares que não devem deixar de ser navegados por todos aqueles lutadores que almejam a alternativa ao capitalismo.As lutas pelos direitos humanos,campanhas contra a fome, políticas afirmativas de correção histórica,por exemplo,são lutas essenciais para a construção da consciência política dos envolvidos,permitindo aos socialistas,à aproximação de setores da sociedade civil.

São os fantasmas do passado oprimindo os homens do presente,repetindo as fórmulas equivocadas das pretéritas derrotas.São as lideranças atuais embriagadas com os aparatos do Estado.São honestos nas crenças,mas equivocados ao desprezar a História.Acreditam que as instituições avançam evolutivamente como os corpos da natureza.Confundem o funcionamento biológico com o funcionamento sociológico.Os métodos não são os mesmos.As relações causais da Física não são semelhantes à complexidade das variáveis de respostas culturais e sociais.São Neo-darwinistas de esquerda.São ingênuos,apesar de conter beleza em seus discursos inflamados e moralistas.A corrupção é a Gênese das instituições capitalistas,estas não se reformam.

Reformistas acreditam em “choques éticos” provocados pelo inflamado discurso da moral e dos bons costumes.São sim uma variável pós-moderna da UDN do passado.Acreditam que as etapas reformistas desembocarão em uma cascata revolucionária,os de boa fé,os oportunistas desejam tão somente submeter os movimentos sociais às sua decisões “revolucionárias de ar-condicionado” regadas a bons salários, sofisticados no uso do idioma e comportamento ético que levem ao delírio às classes médias horrorizadas frente a possibilidade de perder alguma propriedade ou conquista com os avanços  sociais dos marginalizados.Não sabem os reformistas que as estruturas destas instituições estão pautadas em pilares filosóficos liberais,irremediavelmente condenadas a reproduzir os valores do “Status quo”.

Este é um tipo de debate que deve ser travado fraternalmente(apesar das ironias que me provocam), e não esperemos que jornalistas de “Vejas” e etc consigam entendê-lo.São meros cachorrinhos de madame a abanar seus rabos sujos por promoção e dinheiro.

Nas lutas conjuntas,o debate fraterno e plural,não significa a invasão da lógica burguesa na política,que é um bem precioso dos explorados e oprimidos.Os partidos da esquerda,PCB,PSOL e PSTU,devem travar este debate para que se fortaleçam as ferramentas de transformação social que são os partidos políticos,no cotidiano e também nas eleições.

Ao defender a imensa importância do debate ecológico,submetido à dialética,ao projeto socialista,não incluo aí as representações liberais do “campo verde’,como Marinas e Gabeiras,que tem suas histórias marcadas por alianças com “Sarneys” e “PSDBs” bem como a crença em um PT vergonhoso,que até as bandeiras reformistas abandonou.




17 janeiro 2013

"Pré-fácil" : "Contos de amor,de loucura e de morte."










O psicanalista, escritor e anarquista Roberto Freire disse certa vez que a vida não faz sentido.O que tem importância é o amor.É este sentimento que se contrapõe à morte e não a vida em si,vazia de aspiração e de sentido.

Horácio Quiroga em seu livro "Contos de amor, de loucura e de morte” constrói narrativas que inspiram a ansiedade de se seguir até o final do texto,suspendendo a respiração de quem o lê.

Os três elementos,amor,loucura e morte se misturam a todo momento em cada conto.A irracionalidade e a dor são o núcleo do amor,da loucura e da morte.

Não há explicação filosófica que permita precisão na explicação de cada um.Em cada conto,quando o eixo é um,os outros dois perambulam em uma conexão que leva os outros juntos.

A loucura,como ausência da incorporação do indivíduo das regras morais e sociais é o fio condutor do amor que se transborda em dor.Na loucura e no amor,a morte é fronteira e limite que ameaça  a existência.

Vale a pena passear por esse clássico,que envolve as dores que os homens carregam durante a vida:amor,loucura e morte.São os limites impostos em tempos de racionalidade -ou irracionalidade- ,elementos que encantam um mundo em desencanto com as escolhas que fez.

Este livro de Quiroga é um fantástico passeio pela alma e dor humana,onde,como diz o próprio autor,cada personagem é "carregado pela mão" até o seu destino com muita tensão,e junto com eles,uma prosa perfeita carregada da amargura humana e de um valor estético irrepreensível.

18 dezembro 2012

Para onde vamos?


                                                                  Antônio Gramsci



Não me convencerão de que um partido socialista pode abandonar seu programa para construir alianças a torto e à direita ,com qualquer  agremiação que represente interesses da classe dominante.

Não!A reinvenção do socialismo do século XXI não passa pelo abandono dos princípios que norteiam a ética socialista,a independência de classe e a geração da consciência  dos explorados e humildes.

O PSOL,ou uma parte dele, precisa repensar suas atuações.Um programa não pode ser violentado ao primeiro aventureiro com o espaço na mídia ou densidade eleitoral.A mudança que desejamos não pode esquecer que o projeto socialista depende de lisura nos atos,pois ainda falamos para poucos,mais somos ouvidos, e que não somos somente um espectro,somos a alternativa real ao descabido e absurdo capitalismo.

A nossa utopia não pode se tornar algo confuso aos que necessitam crer em um paraíso construído por todos,com a força da consciência de cada trabalhador e marginalizado.

Não!Se o PSOL realmente quiser ser essa ferramenta de transformação,não poderá ceder aos encantos da sereia institucional,à institucionalidade pura e simples que leva ao governo,mas não leva ao poder.Precisamos pensar nisso,a chegada ao governo não leva necessariamente a chegada ao poder.E se a hegemonia deve ser construída em todos os espaços, sem a doença infantil do esquerdismo,também não poderá se realizar sem que a História esteja nas mãos,balizando os erros do passado,comprometendo as massas,atualmente amorfas,para o destino inexorável da sociedade sem explorados e exploradores.

Um partido se constrói como alternativa de fato a partir de um programa claro,sem malabarismos e justificativas toscas de atuação meramente parlamentar.Kaustky foi enterrado.A frente de esquerda deve ser um dos horizontes a ser construído,pois não queremos a liberdade e diversidade no socialismo?Submeter o partido aos interesses de setores dominantes,por mais progressistas que sejam,só irá apontar o futuro para o que estamos vendo acontecer com o PT.Se virem apoios do lado de lá ,que venham com todo prazer,mas sem que o programa seja rebaixado,sem que nos deixem de cócoras,acreditando que seja possível mudanças substanciais  e verdadeiras sem que sejamos honestos com a pureza de nossa utopia.

Queremos um partido de massas que vá além dos guetos.Ou qual será a diferença entre um partido de quadros e um partido de quadros parlamentares?Nenhuma aliança com os setores burgueses,nem tática,nem estratégica.Eles estão superados  pelo menos por 300 anos e buscam sua sobrevivência anulando a força dos movimentos sociais ,suas reivindicações imediatas e suas utopias.

O caminho já foi posto pela vitoriosa campanha de Freixo.Sigamos sem abandonar o que queremos,sem deixar de percebermos os ritmos de entendimento das maiorias ,mas sem as ilusões de que a democracia liberal e parlamentar é o fim.Ela pode ser nossa,desde que saibamos conduzir  e pavimentar os caminhos,tendo sempre em mente o socialismo,sem gosmas autoritárias.Socialismo e liberdade,mas não a liberdade do fazer o que bem entender,sem que estejam norteadas nossas ações pelo programa partidário.A liberdade estará presente em todas as ações que desamarrem as correntes políticas,econômicas e culturais.Superado camaradas,é o capitalismo.

16 dezembro 2012

Dormir com Suassuna para acordar edificado.





Eu quero minha cultura no solo nordestino.Quero ser "Chicó" e "João Grilo" para ser universal e imortal.Quero minha língua roçando a língua de Suassuna.

Jorremos o Barroco e o Simbolismo de Ariano para sermos realmente modernos.Fica entre a caricatura aristocrata e a cultura popular,mas somos sugados pela indústria de massa gagá.

Bom,"ao redor do abismo tudo é beira" e estamos prestes a sucumbir ao poço."Precisamos nos enxergar" ou se não,"aceitem meus pêsames."

Armorial,do piso da crônica popular ao original erudito brasileiro,da raiz nobre aos frutos da unidade na diversidade.

Se não fossemos bonecos manipulados do circo do entretenimento,seriamos mamulengos,autênticos artistas da expressão mais leal da cara popular,do circo da originalidade.

Nas câmeras do jogo do Sport de Recife eu vi o artista popular puindo suas vestes "nobres" na arquibancada das torcidas,e aí pensei,quem são estes que circulam suas lindas faces se apresentando como artistas em seus limites caricaturais?

Osculemos a riqueza do povo pelas mãos do Ariano,na mais pura alegoria do universo popular.

Viva o autêntico rebento das raízes, viva a juventude e eternidade de Ariano Suassuna!



08 dezembro 2012

Tire suas mãos de mim,eu não pertenço a você!MANIFESTO DE REPÚDIO À DIMINUIÇÃO DAS CARGAS HORÁRIAS DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NO RJ.




Campanha dos meios de comunicação contra as disciplinas de Filosofia e Sociologia no ensino médio vem encontrando eco em vários governos conservadores deste país.
No RJ o governo Cabral com seu já costumeiro asco à democracia anuncia redução ,pelo segundo ano seguido,da carga horária destas disciplinas na rede estadual do RJ.

Segue este governo corrupto e subserviente às vontades dos grandes proprietários com atos que dão  orgulho as forças conservadoras que seguem em ofensiva na política e educação de seus planos de manutenção da ordem política e social para que possam se manter o maior tempo possível no poder.

Todas as forças políticas que se apropriam do poder institucional buscam sempre como medidas principais tornar a educação a imagem e semelhança do seu projeto político-ideológico.

A educação do RJ agoniza há tempos sob o comando de um secretário de educação que tem como objetivos principais, forjar números para fugir da situação humilhante que o estado do RJ que se encontra, em penúltimo lugar no Brasil no ranking de qualidade e economizar recursos no que ele chama de gastos em educação.Comparativamente ao PIB do estado,os professores do RJ tem uma das piores remunerações do mundo.

Em seu segundo mandato como governador,envolto em inúmeras acusações de corrupção , má utilização do dinheiro público e priorização de grandes obras em detrimento da saúde e da educação,Cabral tenta mais uma vez desferir seu ódio a todas as organizações que condenam seus atos em favor dos poderosos e da manutenção do “Status Quo” reinante.

O governo de Cabral fechou cinquenta escolas noturnas no RJ,leva a frente seu ato inescrupuloso de derrubar museu e escola para a construção de um estacionamento(emblema maior de seu governo),não cumpriu as promessas aos professores em sua primeira campanha de valorização dos profissionais da educação,segue em seu projeto de destruição da escola pública para permitir sua privatização que agora atende por novos nomes como,”parceria público-privada”.

Nada de bom a esperar de um governo que entra para História deste estado como o maior algoz da educação e da saúde,que pratica implacável perseguição e criminalização dos movimentos sociais e do funcionalismo público,que é o que atende diretamente aqueles que mais precisam,dos que mais necessitam de que o poder público cumpra seu dever de atendimento dos direitos básicos e fundamentais nas áreas essenciais da saúde e educação.

Nós educadores do estado do rio de janeiro repudiamos o ato do governador Cabral de diminuição frequente da carga horária das disciplinas de Filosofia e Sociologia,que buscam dentro da escola a projeção da consciência e cidadania plena de estudantes e o necessário projeto de “desnaturalização” e “estranhamento” de um mundo em profunda imersão  do pensamento,para que nos tornemos  livres das correntes autoritárias,que favoreça o florescimento de uma sociedade justa,sem discriminações e sem violência.